sábado, 14 de novembro de 2015

Eu sei que é você




A gente começou tudo isso com apenas um objetivo: fazer dar certo. E deu. Por um tempo, deu. Aí a vida aconteceu e, como em qualquer história de amor que se preze, alguma coisa nos afastou. Porque, afinal, sempre tem que ser assim.

Ainda lembro como era bom sentir toda aquela ansiedade, aquela expectativa, quando cê mandava no celular: “Tô indo te encontrar.” Meu coração pulava dentro do peito e, quando te via vindo, até perdia o ar por alguns segundos, ficava todo sem jeito sorrindo.

E nós estávamos felizes porque estava dando certo, e era isso que queríamos. E foi de tanto dar certo, que deu errado. Tivemos que seguir separados. Esse é o resultado obtido quando se tem a soma de objetivos diferentes e um amor que, supostamente, vai durar pra sempre.

E naquela noite, quando cê saiu daqui, naquela noite em que comecei a pensar em tudo que estávamos deixando pra trás, quando comecei a pensar que talvez você realmente não me merecesse, quando eu deitei na cama e coloquei a cabeça no travesseiro, quando senti teu cheiro, porque cê fez o favor de deixar teu cheiro por aqui, e ainda fez questão de deixá-lo impregnado em cada pedacinho do meu quarto – sacanagem, sério. Foi naquela noite que eu percebi que, de fato, era você, tinha que ser, e que eu não podia te deixar ir. Pra muitos, talvez não fosse muito tarde pra perceber. Pra mim, foi. E eu te deixei ir. Porque acreditei que tinha que ser assim.

E aquele medo de que algum dia nossas vidas tratariam de nos mostrar caminhos diferentes, que só aumentava a cada abraço, a cada despedida, finalmente desapareceu. Afinal, já havia acontecido. Cê já tinha ido. E um novo medo surgiu: o de que talvez nunca tenhamos outra chance pra fazer dar certo.

E eu sei que já é um pouco tarde pra te dizer isso, mas saiba que de todos os amores que eu tive, cê foi o mais lindo. Ainda guardo comigo a esperança de que a vida nos prepara uma surpresa no futuro e, se tudo der certo, terminaremos juntos. Porque eu sei que é você. Eu sinto.

Cê ainda é a minha pequena, a menina meio desengonçada, quase inocente, por quem me apaixonei de repente, sem nem pensar direito. A menina que tirava toda minha capacidade de raciocínio com um beijo. Quando fecho os olhos e imagino meu futuro não muito distante, ainda é você que eu vejo, caminhando em minha direção, ao longe.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Ainda é amor, ainda é você



Não, ainda não passou. Ainda é amor, ainda é você. Cê ainda tá aqui, num canto tão bem guardado que às vezes parece que realmente te "deixei de lado". Mas não, ainda não te deixei ir de mim.
E isso dói muito. Porque, num minuto de lucidez que vez ou outra ainda tenho, quando paro um pouco, quando não estou preenchido pela rotina, é você que vem no pensamento.
E, do nada, não importa onde esteja, tudo que quero é te ver, te ter. E isso dói ainda mais, pois sei que não dá. Nós fechamos um acordo no último olhar, combinamos que seria ponto final e não vírgula. Combinamos que seria definitivamente adeus e não mais uma simples despedida.

E quando a vontade é grande, me controlo pra não te mandar uma mensagem escrita para parecer despretensiosa, mas que na verdade, estaria te pedindo o coração pra vida inteira sem fazer alarde.
Sabe, foi tão bom enquanto durou. Na verdade, ainda é bom. E isso é o que faz doer tanto. Nós deixamos esse amor escapulir por tão pouco! Se colocarmos as coisas positivas numa balança com as negativas, o lado bom ainda vai pesar pelo menos dez vezes mais. Porque ainda é bom, talvez o melhor amor do mundo. E parece que não enxergamos isso meses atrás, quando resolvemos pôr um ponto final meio sem sentindo - que mais parece reticências - nesse amor.

E eu nunca vou entender o que realmente aconteceu com a gente. Mas se não der mais certo, o que importa é que vivemos como se fosse durar para sempre e isso fez de cada momento inesquecível. É, e eu vou tentar me contentar com isso.








- Allison Christian

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Estranho dizer, mas a minha melhor parte é aquilo que não sei. Então, antes de vir, não me pergunte quem sou, como amo ou sinto. Sou um mistério para mim, me desvende, me faça não ter aonde ou porquê me esconder. Para uma noite que não acreditava mais em nada que poderia acontecer, teu sorriso me levou ao melhor que eu poderia imaginar ... Ser. Não deixa-me sozinho, não me faça sentir sozinho. Saudade não deve ser singular.

sábado, 24 de outubro de 2015

Sobre o Amor

Saber sobre o amor significa dar voltas em círculo sem jamais chegar ao centro. Amar é algo completamente distinto.
Pode plantar teorias sobre o amor, pode chegar a conclusões sobre o amor, mas de que te serve esse conhecimento se nunca amou? O que podes ganhar? O que podes descobrir? Poderia enganar-se porque, já sabe sobre o amor, pode começar a acreditar que conhece o amor e, quando isso acontecer, fechar a porta para o amor. Amar é perigoso. Saber sobre o amor é uma aventura de astúcia e sagacidade. Amar significa coragem; amor significa superar os milhões de obstáculos, porque o relacionamento com uma pessoa é viver uma expedição rumo ao desconhecido. Ninguém sabe o que pode acontecer instantaneamente em meio ao desconhecido a céu aberto. Em cada momento, haverá novos problemas para resolver, novas ansiedades a serem superadas. Deve ser assim porque os problemas e ansiedades são as etapas. A cada passo, há crescimento; mas se você ficar com medo e fugir, não madurarás. O amor é uma oportunidade para crescer, mas o crescimento é sempre doloroso, porque é necessário para criar, destruir algo primeiro. É preciso destruir o passado para nascer um novo futuro. Todo o crescimento é como a dor sentida pela mãe no parto. Cada renascimento é um crescimento pessoal; em todos os tempos, uma nova criança nasce. O processo é contínuo e incessante; Ele nunca para. Ele nunca é suficiente.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Entre, mas só se desejar realmente ficar

Sozinho, já não é fácil. Eu tenho os meus medos, as minhas indecisões. Por fora, posso sempre parecer calmo e sorridente, mas por dentro estou me destruindo. Eu já perdi as contas da quantidade de vezes que optei pelo silêncio, enquanto sentia o mundo desmoronar dentro de mim. Dentro do meu peito, cultivo tormentas somente minhas, sentimentos afundados no escuro dos dias difíceis, naufrágios. Entre, mas apenas se você realmente desejar ficar. Se desejar trazer uma certa paz para tudo isso, eu não falo de nos acomodarmos ou anularmos, muito pelo contrário, eu falo de sermos algo seguro entre tantas incertezas da vida. Não é pedir muito, em troca, eu não ofereço nada, mas te dou exatamente o mesmo. Nunca foi uma troca, meu amor é um carinho, um caminho... Entre, apenas se quiser ficar. Se não desejar trazer mais águas por um sentimento que talvez não exista. Hoje, eu busco amores fincados em certezas, raízes fortes e recíprocas, isso eu prometo. Mas de tempestades, já bastam as próprias. De confusões, já bastam as minhas.

domingo, 4 de outubro de 2015

Quero está solteiro, mas com você.

Quero que vá tomar cerveja com suas amigas para que no dia seguinte tenha ressaca e me peça que vá lhe ver porque deseja ter-me entre seus braços e que acariciemos um ao outro. Quero que conversemos na cama pela manhã, sobre todo tipo de coisas, mas algumas vezes, pela tarde, quero que cada um faça o que quiser durante o dia.
Quero que me fale sobre as noites em que você sai com suas amigas. Que me conte que havia uma homem no bar que te olhava. Quero que me mande mensagens quando estiver bêbada com seus amigos e que me diga besteiras, apenas para que possa ficar segura de que eu também estou pensando em você.
Quero que ríamos enquanto fazemos amor. Que comecemos a rir porque estamos provando coisas novas e que não têm sentido. Quero que estejamos com nossos amigos, para que pegue na minha mão e queira me levar a outro local, porque já não pode aguentar-se e tem vontade de fazer amor comigo ali mesmo. Quero ter de permanecer em silêncio porque há pessoas e ninguém pode nos ouvir.
Quero comer com você, que me faça querer falar sobre mim e que você fale sobre você. Quero que discutamos sobre qual é o menor: a costa norte ou a costa sul, a parte ocidental ou a oriental. Quero imaginar o apartamento de nossos sonhos, mesmo sabendo que nunca vivamos juntos. Quero que me conte seus planos, esses que não têm nem pé, nem cabeça. Quero surpreender-me dizendo “Pega seu passaporte que estamos indo”.
Quero ter medo com você. Fazer coisas que não faria com ninguém mais, porque com você me sinto seguro. Voltar para casa muito bêbado depois de uma noite divertida com amigos. Para que coloque a mão no meu rosto, me beije, me use como travesseiro e me abrace bem forte durante a noite.
Quero que tenha sua vida para que decida viajar algumas semanas, apenas por capricho. Para que eu fique aqui, sozinho e chateado, desejando que salte sua carinha no Facebook me dizendo “oi”.
Não quero que sempre me convide para suas noitadas e não quero convidar você para as minhas. Assim, no dia seguinte, posso contar como foi minha noite e você também pode contar-me como foi a sua.


Quero algo que seja simples e, uma vez ou outra, complicada. Algo que, por alguns minutos, me faça fazer perguntas a mim mesmo, mas no momento que estiver com você em um mesmo local, desapareçam todas as dúvidas. Quero que pense que sou bonito e que fique orgulhosa ao dizer que estamos juntos.
Quero que me fale te amo e, acima de tudo, poder dizer isso a você. Quero fazer planos sem saber se no fim os realizaremos. Estar em uma relação clara. Quero ser esse amigo que você adora ficar. Quero que siga tendo seus admiradores, mas que procure a mim para terminar o dia. Porque quero ir contigo para casa.
Quero ser aquele com quem você faz amor e depois dorme. O que te deseja paz quando está trabalhando e o que fica encantado quando você se perde no seu mundo de músicas. Quero ter uma vida de solteiro com você. Porque nossa vida de casal seria igual às nossas vidas de solteiros de agora, só que juntos e um dia te encontrarei".

NOTA:

- Texto adaptado de Isabelle Teissier. Resolvi posta-lo aqui e adapta-lo, pelo brilhantismo singular sobre amor e liberdade, uma teoria de relacionamento em tempos digitais que chamo de EXERCÍCIO CONJUNTO DA LIBERDADE. Faço das palavras de Isabela às minhas, pois tudo que ela brilhantemente escreveu é todo o meu desejo.



quinta-feira, 1 de outubro de 2015


O amor nunca morre de uma morte natural. Ele morre, porque não sabemos como renovar  sua fonte. Morre de cegueira, de erros e de traições. Morre de doença e de feridas; morre da exaustão das devastações, da falta de brilho no olhar. Das mentiras e dos ciúmes exacerbados. Os grandes amores, especialmente os GRANDES, jamais morreram por completo e deixam reverberações. Uma vez interrompidos, rompidos de maneira artificial, sufocados acidentalmente, eles continuam a existir em fragmentos separados, em infinitos ecos menores e perpétuos.