quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Perguntaram se sinto falta; em nada, respondi. Sinto apenas carinho. Guardo com o devido respeito as lembranças do que foi bom. Porque, é claro, sempre pode ser bom, mas apenas isso. O bom não necessariamente nos faz bem sempre, é a grande diferença entre ser prazeroso e ser recíproco, assim como pão com Nutella por exemplo, é delicioso, mas não preenche o nosso vazio.

Por isso, não adianta enviar mensagens na madrugada, quando a sua ausência deixou de ser sentida. De nada adianta dizer “oi” ou perguntar “saudades? ”, quando nunca soube a diferença entre presença e comodismo. Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia.

Não amo para ser lembrado, mas amo para não ser esquecido, pelo menos até o fim, a todo momento, todos os dias, e em troca exijo o mesmo! Não aceito menos do que sou capaz de entregar. Não aceito menos do que o espaço por mim preenchido.

Essa é minha regra: Vazio por vazio eu prefiro o ar, é mais leve, além de um óbvio motivo, sem ele eu não vivo.

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